27/01/2007

PRIORIDADES

17.
No ano passado, o governo fechou maternidades em zonas de interior, onde as taxas de natalidade são mais baixas e instituiu o pagamento de taxas moderadoras na saúde.
Entretanto, assistimos ao lançamento de uma vacina essencial no combate ao cancro no colo do útero – doença que mata 1 mulher por dia em Portugal –, sem que o Estado dê sinais de que pretende subsidiar a sua compra ou comparticipá-la, ainda que parcialmente. A vacina custa 480 euros.

Continua a existir uma vacina, Prevenar, contra a meningite, aconselhada por alguns pediatras e ministrada a bebés em 4 doses até perfazer um ano e meio de idade, a qual ascende a cerca de 300 euros e que não é objecto de qualquer comparticipação estatal. Refira-se que se estima que morram cerca de 500 crianças por ano devido a meningite.

É este mesmo Governo, que procede por um lado a cada vez mais cortes numa área tão sensível como é a saúde, que pretende financiar a prática de abortos no Serviço Nacional de Saúde ou, caso este não tenha meios para tal, em clínicas privadas.
Ficamos esclarecidos quanto às prioridades do Governo, que privilegia a prática de abortos em detrimento de um combate sério a doenças graves.
AN