29/01/2007

LIBERALIZAR PARA REDUZIR???


28.
O número de abortos legais na Rússia ultrapassa o número de nascimentos, num país com uma das mais “liberais” legislações sobre a interrupção voluntária da gravidez e que foi o primeiro a legalizar a prática, em 1924.
Estatísticas de 2005 indicam que o número de abortos em instituições médicas legais se situou entre os 1,7 e os 1,8 milhões.
No mesmo ano registaram-se entre 1,4 e 1,5 milhões novos nascimentos.
Segundo a Lei sobre a Protecção da “Saúde” dos Cidadãos de 22 de Julho de 1993, praticamente não existem barreiras à realização de abortos na Rússia.
O aborto pode realizar-se até às 12 semanas de gravidez a pedido da mãe, podendo esse prazo prolongar-se até às 22 semanas por «razões sociais».
Os dados falam por si. Numa altura em que a Rússia passa por uma grave crise demográfica (a sua população diminui, anualmente, em cerca de um milhão de habitantes), as autoridades não conseguem travar o aumento do número de interrupções voluntárias da gravidez, distanciando-se cada vez mais do número de nascimentos.
A proporção entre número de abortos e de novos nascimentos era ainda maior nos últimos anos da União Soviética.
As estatísticas de 1988 indicam que o número de abortos era superior ao de nascimentos à razão de 166 abortos para cada 100 nascimentos.
Em 1992 a relação aumentou (225 abortos para 100 nascimentos).
A Rússia foi o primeiro país do mundo a legalizar o aborto em 1924.
Por iniciativa do dirigente comunista Vladimir Lenine, essa medida foi tomada no âmbito da política de «emancipação da mulher».
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Já Norma McCorvey, a famosa ex-activista abortista americana, que esteve na base da legalização do aborto nos Estados Unidos em 1973, e que agora defende acerrimamente a Vida, avisava no início de Dezembro em Lisboa: quando se cede neste processo de liberalização do aborto o processo nunca mais pára. Agora são 10 semanas depois 12, depois 20 e mais, até ao Aborto com Nascimento Parcial, uma crueldade medonha e horrenda.
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