23/01/2007

CAMPANHA EQUILIBRADA...


9.
O meu amigo Francisco mandou-me o telejornal da RTP em que ele próprio aparecia muito bem e muito composto (Parabéns pequenote!) a entregar as assinaturas por um movimento do "Não" (ia lá a minha, muito bonitinha e bem cuidada) mas o que eu vi acabou por me deixar bastante indignado.
Então não é que a estrutura de notícias sobre o referendo foi esta:
- Começaram a falar sobre o aborto ao minuto 20.43 para mostrar que o Primeiro Ministro vota sim no referendo.
- Ao minuto 21.32 focaram as campanhas do PCP e do BE pelo sim, claro está.
- Ao minuto 23.40 mostraram a entrega das assinaturas pela parte dos movimentos do sim.
Com tudo isto estiveram, no total, a falar quase 6 minutos sobre as iniciativas dos que fazem campanha pelo sim no referendo.
No fim, entre os minutos 26.27 e 28.10, bem menos de 2 minutos, lá condescenderam em falar sobre o NÃO que não só apresentou muito mais movimentos espalhados por todo o país, como entregou muito mais assinaturas!
Às 28.10, inserido na mesma notícia, começaram a falar com o senhor da CNE sobre a contagem das assinaturas.
A isto eu chamo parcialidade jornalística e só tenho pena que com os meus impostos eu esteja a pagar essa parcialidade.
O que os canais de televisão, estações de rádio e imprensa escrita pertencentes a grupos privados fazem, é lá com eles, mas uma televisão paga por todos nós deveria ser imparcial também nesta questão do tempo.
Diogo blogadissimo
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Para variar, no último Sábado, um jornal do estado conseguiu dedicar quatro páginas inteiras à campanha do sim. E esqueceu por completo o outro lado da campanha.