17/01/2007

APRESENTAÇÃO

1.
Portugal concentra-se na próxima votação da chamada “interrupção voluntária da gravidez” que vai ter lugar no próximo dia 11 de Fevereiro.
Da votação não vão sair lugares nem posições para ninguém. Apesar disso, nenhum outro embate desperta tanta emoção como a questão que vai à apreciação dos portugueses.
A sociedade é, geralmente, considerada passiva e pouco interventiva (descontada uma pequena parcela ligada a partidos políticos) todavia, surgiram no país 15 movimentos cívicos para defender o Não e 6 para apoiar uma resposta positiva à pergunta do referendo. Cerca de 200.000 pessoas deram a sua assinatura para que os movimentos do Não pudessem participar na campanha e 60.000 fizeram o mesmo pelos movimentos de sentido contrário.
No município de Arruda foram também recolhidas assinaturas. No espaço virtual circula informação e sente-se que o assunto é de extrema gravidade e que há energia para ser consumida nesta questão.
É inevitável alguma polémica e alguma agressividade. E, importa em primeiro lugar, esclarecer. Perceber o que significa o referendo e as consequências que virão duma resposta ou de outra. Das conversas que temos, do que “vemos” percebemos que há possibilidade das pessoas se questionarem e avançarem para uma posição nova sobre o assunto.
Para quem pensa que além do não e do sim existe um “outro”, um ser humano, “um dos nossos”, que não é ouvido no dito referendo, a questão é, sem margem para dúvida, de vida ou de morte. E merece, portanto, todo o empenhamento.
Este espaço, comum e aberto, vai ser um esforço nesse sentido.

APV15