25/01/2007

DESATENTOS?

11.
As grandes preocupações que apresentam as pessoas para justificar o apoio à alteração da lei portuguesa no sentido da liberalização do aborto são os problemas das mães grávidas, concretamente o sacrifício da prisão, a seguir ao sofrimento de “perder” um filho e as grandes complicações de saúde, físicas e psíquicas, que se seguem à “cura” da gravidez.
Estas questões são até bandeiras de campanha. E impressionam as pessoas mais desatentas.
Se não estivéssemos atentos podíamos pensar que uma grande parcela da população que está nas cadeias era constituída por mães que abortaram.
Na realidade há muitas mulheres presas, mas, mães que abortaram, não há uma única na cadeia. ZERO.
E a preocupação do sim vai para o Zero. E quanto ás que estão mesmo nas cadeias? Ás centenas, por tantos motivos que não este!
Há muito que se pensa fazer um estudo sobre a realidade do aborto. Nunca foi avante. O que é um bom ponto de partida para alguma criatividade nos números, destinada a “vergar” pela grandeza “cozinhada”. E quantas foram atendidas em 2005 na “sequência de abortos clandestinos”? 73 (assimnao.org).
Fala-se a este propósito em mortes e mortes, mas para identificação de uma só mãe que a tenha sofrido, NADA. Só campanha eleitoral.
Vale a pena comparar estes números com a “destruição” de 600 mulheres e o falecimento de mais 300, em resultado do cancro do colo do útero, para cuja vacina o estado se nega a comparticipar. [--> n.7].

APV32